sábado, 6 de junho de 2009

n. 2


Que é da vida nesse tempo a passar? Passa como o ônibus sacolejando enquanto o sol esquenta olhos de sono. Não é de pensar nem sentir tanto. Há apenas o calor nos olhos e o balanço que faz cochilar. Significa pouco esse calor e, quanto ao balanço, é menos que nada. Como vim parar aqui? Nesse lugar de pouca substância de eu, aborreço-me com o se mostrar imediato das coisas. Mas apenas a mim cabe culpa que a mais ninguém pertence essa falta tanto cultivada. É no espaço vazio da evidência que melhor represento o guardado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário